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Entrevista por Patrícia Domingues
Direção criativa e styling Larissa Marinho
Fotografia por Frederico Martins
Estava no Abismo mas Dei um Passo em Frente é o nome do novo álbum de Pedro Mafama, um aperitivo para ser saboreado com múltiplas camadas, muito embora a capa seja um bolo de pastelaria clássico, um indicio da doçura a que lhe soube fazer este trabalho. Mafama está assumidamente numa boa fase: as marchas voltaram-no para fora e o sol acabou por nascer de dentro, sendo mais olhos do que barriga. Nesta reunião de bailes, rumbas e marchas, a ata deixa de parte a melancolia e a musicalidade do artista da Graça que cresceu com posters de rappers americanos no quarto assina o tratado de paz entre passado e futuro. O presente sabe a creme de ovos e abre o apetite. É exactamente como dizem: o que é doce nunca amargou.
Como foi a experiência de fotografar este editorial? As roupas, parecia podiam estar dentro do teu armário.
P: Sim, sem dúvida. É muito fixe. E o que acaba por me acontecer nestas sessões fotográficas é que, por exemplo, pode haver coisas que até são um bocadinho fora daquilo que eu vestiria, mas eu depois acabo por absorver aquilo – “eu agora quero coisas assim”.
Deve ser um exercício interessante. Em relação à imagem, sempre foi algo que tu tiveste uma direção muito própria e que também esteve nas tuas mãos, não é?
P: Sim, desde o início, eu percebi que tinha de – e queria – entregar uma coisa completa, que não é só música. E acho que aquilo que eu entrego, na verdade, é um olhar sobre as coisas. Até mesmo dentro da música, posso fazer como fiz do álbum passado para este álbum, em que troquei um bocadinho as referências musicais – apesar de me manter dentro do universo da música popular portuguesa –, mas mesmo trocando as referências musicais, Por Este Rio Abaixo era mais baseado na Chula, no Malhão, na música de arquivo, nas sonoridades árabes... Aqui as referências musicais são bastante diferentes, e mesmo assim acho que me mantive eu mesmo. Ou seja, eu acho que aquilo que eu tenho para oferecer é um olhar sobre as coisas. Seja ela roupa, videoclip, música. Ya.
Consegues definir mais ou menos esse olhar – ou caraterizar o que é que é o ‘olhar Mafama’?
P: Eu acho que se carateriza por fazer pontes e ligações entre coisas que aparentemente não se veem como conectadas no tempo e no espaço. Mas que fazem sentido.
Há impossíveis? Há coisas que tu penses “não, nunca vou fazer isso” ou há sempre uma possibilidade renovada?
P: Há imensas coisas que eu corto, ou seja, quem trabalha comigo até me acha um bocadinho ditador do gosto. (risos) Há coisas que sim, vamos por aqui; há coisas que não, nunca na minha vida. Há coisas que estão claramente fora do limite daquilo que me interessa, mas depois essas coisas também podem mudar passado uns anos. E também sou uma pessoa aberta a aprender com as coisas. E uma coisa que tenho tentado fazer neste álbum é, até como o próprio nome do álbum indica, fechar os olhos e seguir em frente e ver o que é que dá, deixar as coisas acontecerem, mais ou menos de forma aleatória. Isso é uma coisa que eu tenho descoberto neste álbum.O vídeo do Estrada começou um bocadinho assim, porque o vídeo é uma viagem à procura das referências que influenciaram a música. O Preço Certo é muito mais aleatório, porque deixei a realização do vídeo completamente para a equipa de realização do Preço Certo. A capa do álbum é muito aleatória também porque foi feita numa pastelaria, em que eu pedi um bolo de aniversário com uma fotografia e com uma frase e não dei grandes direções muito específicas. E agora este vídeo da Marcha Bonita, em que eu usei um bocadinho a desculpa de ser um condutor de Lisboa para poder conhecer as pessoas que me seguiam, perguntar-lhes como é que está a correr o dia delas, ter uma visão diferente sobre a cidade – porque quando estás a filmar de forma aleatória num carro com uma câmara 360º vai sempre ser muito mais aleatório do que se escolheres filmar um videoclip, porque vai ser sempre uma realidade filtrada. Dentro do controlo e da atenção ao detalhe que tenho, estou a tentar descobrir a beleza do aleatório, do acaso.
Quando pensas nisso, pensas numa certa transversalidade ou foi só seguir um instinto e acabou por acontecer chegares a outras?
P: Para ser honesto, sempre pensei nisso desde o início, sempre quis fazer música popular que chegasse a toda a gente. Agora percebo é que algumas coisas na natureza do meu trabalho é que me impediam de chegar aí de alguma forma. Talvez uma certa melancolia, um lado sombrio, que se calhar fazia com que a música fosse para ser escutada de forma mais individual do que coletiva, e logo aí as coisas espalham-se de forma diferente. Mas eu sempre tentei, e sempre pensei em formas de comunicar com o máximo número de pessoas possível. Com o Preço Certo, um dos apelos é ser um programa tão conhecido e tão icónico, e um sítio tão específico e próprio da cultura popular portuguesa (apesar de ser um franchising de fora). Fez parte do apelo, tal como faz parte de tudo o que eu faço, que é arranjar forma de passar a mensagem e de perceber como é que eu posso chegar ao máximo de pessoas, de uma forma em que eu me mantenha o mesmo, e que seja interessante – porque se a minha mensagem chegar às pessoas, mas eu não for eu mesmo, então não.
Há algumas palavras, ou algum discurso dentro deste universo, que possam usar para te descrever que te incomode? Música popular portuguesa – talvez vão encaixotar-te na música pimba. Ou é algo que tu gostas de explorar e até inverter a lógica das coisas?
P: Aquilo que me preocupa mais, ou aquilo que eu não concordo tanto, é quando as pessoas tentam arranjar comparações, que é uma forma muito fácil de encaixar as coisas, e acho que num ano comparam com uma pessoa, no ano a seguir comparam com outra. E acho que é por falta de referências e acho que é preguiça intelectual. Usar a palavra pimba em relação ao meu trabalho eu aceito, aceito porque gosto e tenho algum interesse pelo universo do pimba, mas vejo-o como um universo mais estético. Eu estou a descrever a minha música como música de baile, apesar de ser um termo aberto, porque eu acho que é mais musical. Eu vejo o pimba como um universo mais estético e é uma palavra um bocadinho difícil que é usada tanto para desgarradas, como para música folclórica minhota, como para rumbas portuguesas às vezes. Ou seja, é uma palavra que tem os seus problemas, se calhar. Não é bem problemas, soa um bocadinho dramático (risos). É uma palavra que vive um certo elitismo. Esta coisa de que tudo o que é cultura popular não americanizada, rural, etc, é descartado. E por aquilo que eu acabei de dizer estás a pôr as desgarradas no mesmo saco da música de bairro feita com teclados e estás a pôr muita coisa no mesmo saco, que me faz perceber que, se calhar, o saco para estas pessoas é só baixa cultura, música do povo. E acho que isso é profundamente elitista.
Além da tua infância, e de todas as coisas que te levaram a este universo, tenho sentido nos últimos tempos um sentimento geral meio nostálgico que para falarmos sobre o presente vamos agarrar em coisas da nossa origem. Por exemplo, no panorama musical brasileiro, tem-se assistido a um movimento de música pop, um denominado pop brega, no qual determinados artistas vão buscar estilos como Sertanejo e várias referências da cultura popular brasileira (lá está, a tal considerada ‘música do povo’) para fazer música que fala o presente. Sentes que é um debate que está a ser feito neste momento?
P: Sim, sinto que por alguma razão - e eu suspeito qual é que é - é uma coisa muito do sul do mundo, se pensares nisso. Da América Latina, do Mediterrâneo, Portugal, Espanha, Itália, Grécia, etc, este reconciliar com o Passado através da música está a acontecer muito no Sul do mundo – e eu desconfio que isto é, pelo menos para mim, uma reação a uma americanização que houve durante anos e com a qual eu cresci, em que durante muito tempo tu ou eras americanizado ou eras provinciano em termos culturais. E eu acho que talvez seja por isso que esta estética comum que estás a descrever seja encontrada no Sul do mundo, porque eu não vejo cantoras escandinavas a reinventar o folclore escandinavo. Eu não vejo músicos ingleses a reinventarem a cultura celta, neste momento. E eu acho que é uma reação do Sul que foi especialmente abalado em termos de autoestima durante muito tempo, como sendo provinciano, pessoas só de bigode com um palito na boca – que na verdade eu gosto muito dessa imagem (risos), é uma estética que na verdade agrada-me.
Sim, falo por mim, tenho 30 e tal anos, cresci e quero conectar-me com as minhas origens e não tinha nada que falasse comigo. Sobre o agora. E eu sinto que o teu projeto, que o teu trabalho, representa isso.
P: Eu por acaso sinto que o Por Este Rio Abaixo era mais, não diria nostálgico, mas mais melancólico e muito sobre o sentimento da Saudade, sobre sentimentos pessoais da altura, mas era, sem dúvida, um pensar sobre o Passado. Era um bocadinho sobre o que é que é isto de ser português, ibérico, do Sul, o nosso passado árabe, a herança africana na música portuguesa... Estava muito a entrar em guerra com o nosso Passado, com as coisas que nos contaram sobre o nosso Passado, porque está cheio de contradições. O Por Este Rio Abaixo estava a ir muito à música de recolha, estava quase a tentar reinventar um Passado. O que é necessário até certo ponto porque temos um Passado especialmente distorcido pelo Fascismo.
Apesar de a minha música, como as Marchas, serem de alguma forma tradicionais, em termos de instrumentação, sinto que este álbum é muito menos nostálgico, não só pelos temas das músicas, mas porque são géneros musicais que estão vivos hoje em dia e que são usados hoje em dia. As Marchas estão vivas, são um fenómeno social e cultural que está vivo. Daqui a bocadinho vou assistir ao ensaio geral das Marchas de Alfama e aquilo está cheio de gente, cheio de jovens, que voltam de Cacilhas todos os dias para ensaiarem a música de baile. A música está viva. Sinto que as rumbas portuguesas estão vivíssimas também, ou seja, sinto que este álbum é muito menos sobre nostalgia, não só no sentimento, mas também por isso, por pegar em géneros que estão vivos e eu quero fazer música que esteja viva, que seja do Presente, e que possa ser utilizada agora.
O que é que esses géneros te permitem contar ou trabalhar? Por que é que escolheste trabalhar com isso e o que é que eles te permitem à tua mensagem passar? Essa vivacidade? Essa atitude? É o quê, neste álbum em particular?
P: Há um bocadinho esta ideia de que a música portuguesa é triste e eu acho que se formos olhar para estes géneros musicais em que eu peguei, acho que isso prova que não é verdade. Porque é só ligares a televisão ao Domingo, ou ouvires as Marchas, ou ver as Marchas, e não é nada triste. É o oposto.
Muitas vezes até de meios de condição social mais frágil e que se servem da música para expressar uma alegria.
P: Sem dúvida. Por isso eu queria pegar nestes géneros para provar que existe todo um lado alegre e celebratório da música portuguesa que nós muitas vezes ignoramos. E que nunca tinha sido tratado como merecedor de ser usado. Toda esta música que se reencontra com as referências portuguesas vai sempre muito ao Fado, ao folclore minhoto, e foi a minha luta durante algum tempo, desde o soundcloud dos Novos Fados há 10 anos atrás. Agora quis provar que há mais para além disso.
Casaco e calça, Tod’s
Camisa vintage, New Jester
Ténis, Mafama
Óculos, Cazal na André Ópticas
Mesmo o título do álbum. Já te perguntaram o porquê e tu dás a opção de várias leituras – de humor, de algo trágico ao mesmo tempo, mas também muito centrado em otimismo. Há bocadinho falavas de uma certa baixa autoestima que sofremos culturalmente os últimos anos. Sentes que este título pode ser um ato contra o sistema? Quase uma reivindicação de otimismo e de voltar a trazer algo de positivo?
P: No sentido de uma mensagem que eu quero entregar ao mundo quase? Estou a perceber. Não sei se vou tão longe porque sei que ao mesmo tempo que eu estou numa fase superfeliz, há pessoas que estão numa depressão, e eu não estou a querer dizer às pessoas “ponham-se todos felizes”. Isso seria ingénuo e até um bocadinho isolado da minha parte. Mas há uma coisa importante a fazer aqui, que é: sinto que há um ciclo na Música e na Arte; há um vício de que as coisas, a Música e a Arte boas, só nascem de lugares maus, de depressão e de mau estar. Acho que isso é uma ideia romântica que é muito tóxica e acho que isso sim era uma coisa que eu queria provar: podemos perfeitamente estar bem para fazer música boa. Não precisamos de passar pelas ‘passas do Algarve’ para depois sair daí e ir dizer ao mundo o que se passou. Isso vale e o meu disco passado era bastante isso, mas acho que é importante para a nossa vida mental saudável até que nós mostremos que não há só isso, não há só música confessional, de contar as minhas dores. Depois isso também é um ciclo. Eu já fui contagiado pelas depressões de artistas que eu oiço. E acho que era importante fazer esse trabalho porque há música muito boa e muito bonita que nasce de um sítio mais racional, mais acordado, mais diurno. E eu quis fazer isso neste álbum e soube-me muito bem, que é um lugar de escrita um bocadinho diferente, sem ser só o confessionário. Ser mais uma observação sobre a cidade, sobre aquilo que se passa à nossa volta. As três Marchas que eu tenho no disco começam com as descrições de cidades. A Marcha Bonita: Nesta cidade esquecida Sempre em festa Sempre em crise Com humildade e muita ginga Só assim se faz o que é preciso.
A Estranha Magia: Em cada noite de luar, sentem-se as árvores a dançar O carro passa a dar kizomba, o barco serpenteia o mar.
É bom imaginar árvores a dançar. É uma coisa agradável, não é?
P: Sim, e eu precisava de desbloquear – e precisava muito de desbloquear – este sítio, onde não fosse só eu, eu, eu. Consegui isso também ao escrever as coisas belas que nos rodeiam.
É esse o feedback que tens das pessoas que ouvem as músicas?
O feedback ainda é muito recente porque acabei de lançar o álbum. Ainda não tive tempo para absorver, porque também estava tão submerso no trabalho de acabar o disco e no labor da mistura e da masterização e etc, que não sei se pedi muitas opiniões nesse sentido. Estava a tentar reabilitar a minha ideia até ao fim, concretizá-la, ou seja, não ter muitas opiniões concetuais porque estava decidido numa coisa e queria um bocado ir até ao fim com isso, e concretizar o objeto em termos técnicos e fechar tudo. E acho que, a partir de agora, é que vou ter – é que vou viver – o disco. Também nos concertos e com cada pessoa que vou encontrando na rua. Aí acho que vou viver mais o disco.
Sobre pedir opiniões. Há pessoas a quem recorres, que recorreste? Colaborações? Como é que vais encontrado esses parceiros criativos?
P: Eu tenho parceiros com quem trabalho desde há muito tempo, seja a minha equipa da Arruada, seja o Pedro da Linha – que coproduz as coisas todas, ou seja pega nas minhas ideias e nas minhas maquetes e leva-as ao próximo nível. O Filipe, que masterizou o disco, e que foi uma pessoa que me procurou para trabalhar. O Caniços, sim, sem dúvida que me ajuda sempre, que sempre me ajudou nos videoclips obviamente, mas que até nos últimos tempos o procuro mais como opinião mais concetual, mais geral. Por exemplo, ele estava lá no Preço Certo, não para realizar, mas mais como uma ajuda de opiniões. E depois tive outra coisa neste disco, que foi colaborar mesmo com pessoas ligadas aos géneros musicais que eu abordei, por exemplo, o Luís Rodrigues que é o líder do Cavalinho da Marcha de Alfama, que fez os arranjos todos de Marcha. O Diego El Gavi que me foi apresentado pela Maria Gil, que é uma ativista cigana que está a fazer um trabalho muito importante e com a qual eu fui ter para saber mais sobre as rumbas portuguesas, e perceber como é que podia abordar este género musical de uma forma correta e respeitadora. Ela apresentou-me ao Diego El Gavi que me deu esse lado musical, técnico e o contributo dele para a música do Estrada. Houve várias pessoas, o Jorge Fernandes, que fez um arranjo de Fado para o Golo! e que me apresentou o Chico Montoya também. Este álbum tem muito mais colaboração e muito mais equipa e muito mais conversa. Muito mais coletivo, do que o álbum passado. E acho interessante haver uma coisa que é completamente simétrica que é o álbum passado tinha mais colaborações, mas a música era muito mais individual, eu estava muito mais sozinho a todos os níveis. E neste disco não há uma única colaboração, mas eu colaborei com uma data de gente. Colaborei com mais pessoas do que nunca e gosto disso.
Tu fazes imensa pesquisa. Internet, bibliotecas, várias fontes... Há aqui uma parte sobre as pessoas que estão ligadas a estes géneros musicais e que fazem parte da raiz de cada um deles, então também foste beber diretamente a essas fontes, não é? É importante dar lugar a essas vozes, a essas pessoas.
P: Sim, sem dúvida. Uma coisa que eu aprendi neste disco, com estas conversas, com estes encontros com estas pessoas, é que para mim é muito claro que seja a voz do Diego El Gavi a cantar uns ai ais, ou o teclado José Lebre, que é um músico cigano português (mostrei o teclado do José Lebre no Estrada), todas estas vozes e este género musical da rumba portuguesa têm uma história e uma vivência que eu acho que não pode ser totalmente separada do sítio de onde vêm. O Diego El Gavi quando chega e canta um ai ai ou um olé, trazem toda a carga, uma vivência, várias gerações de uma comunidade cigana portuguesa da qual não se pode desassociar o género musical. Se não vira só um acessório estético e, para mim, não é só um acessório estético. Há também um fascínio estético, claro, mas não pode ser só um acessório estético. E foi muito importante ter um registo, ter uma mão cigana a tocar aquele teclado – aliás que tocou os teclados quase todos do álbum, mas no Estrada era particularmente importante que houvesse esse registo, destas pessoas, porque trazem uma história muito importante de ser contada, em cada voz, ou cada palma, ou cada tecla.
E muitas vezes não se lhes é dado esse lugar, esse espaço. Sentes essa responsabilidade em, de certa forma, abrir determinadas portas para esses artistas?
P: Não sei se diria responsabilidade porque mais uma vez seria estar a pôr muito peso em mim mesmo, e estar a sobrevalorizar-me acho eu. Mas acho que a Música e a Arte têm o potencial de criar ligações que as pessoas ainda não tinham visto, como eu estava a dizer-te há bocadinho. E acho que isso, por sua vez, tem um potencial libertador, tem um potencial revolucionário. Acho que seria muito pretensioso para mim dizer que vou ajudar, eu vou fazer uma revolução. Acho que seria presunçoso da minha parte, mas acho que sim, a Arte tem o potencial de criar coisas que podem ser potencialmente revolucionárias.
Essa quase reparação com o Passado, ou falar sobre o Presente, se calhar pressupõe...
P: Sim, ou seja, se pensarmos nisso, só o facto de se calhar estar a dar uma continuidade a géneros musicais que até têm uma história; que em certas alturas foram usados para temáticas nacionalistas por exemplo; ou seja dar histórias de quotidiano que estes géneros musicais já têm, mas dar-lhes continuidade, acho que só por si já é alterar o rumo de algumas coisas na nossa cultura. E depois, no caso específico do Estrada, esta justaposição do canto alentejano, desta moda alentejana que é o hino dos mineiros e a rumba portuguesa, fala muito só por si. E essa justaposição – ou seja, o que é que está a acontecer? São dois elementos, dois universos aparentemente distintos, mas que têm musicalmente muito em comum - o canto alentejano e a tradição musical cigana (basta ouvir o canto alentejano, para perceber que há ali semelhanças) - pôr dois mundos em colisão mas ao mesmo tempo em união, durante 3 minutos e meio. É uma coisa muito bonita que só na Arte pode acontecer.
Esses géneros sempre foram algo que tu ouvias, que fizeram parte da tua vida, mas de que forma, e pegando aqui na conversa que estávamos a ter há bocado – que referências é que enquanto adolescente, tendo em conta que isto não eram géneros propriamente populares, no sentido cool da coisa, como é que isso para ti entrava em colisão? Ou, que posters é que tinhas no quarto?
P: Posters de folclore. Não (risos). Eram posters de rappers americanos com tatuagens em tronco nu, com pistolas e lenços na cabeça – que acho que é importante e acho que essa música popular também é boa, aliás é muito boa e tem o seu lugar. Mas, durante muito tempo, lembro-me de ao sábado de manhã haver um vizinho meu que punha folclore minhoto aos altos berros, e eu lembro-me que aquilo não era fixe para mim. Aquelas vozes esganiçadas. Mas eu acho que isto é comum à nossa geração.
Claro, eu ia para a Terra dos meus avôs, lá é que convivia com os bailes. Alturas muito sazonais e específicas em que era divertido, mas depois não ia ouvir aquilo na minha aparelhagem.
P: Exatamente, exatamente, pois é. A mesma coisa acontecia comigo e acho que com toda a nossa geração e a geração da minha mãe, ou pelo menos, com a minha mãe era ainda mais isso. Qualquer coisa especificamente portuguesa lembrava-lhe o Fascismo, então havia uma aversão a tudo o que é folclórico e ao Fado, etc. Eu acho que eu próprio já ensinei algumas coisas à minha mãe e já a ensinei a olhar com um olhar novo para a nossa cultura, porque a visão dela estava influenciada pelos mitos fascistas. Ela estava a olhar para o Fado de uma forma muito diferente do meu olhar para o Fado, e o Folclore minhoto e etc. O olhar que ela tinha era muito diferente do meu olhar e da nossa geração agora.
E quando é que estes géneros começaram a colidir na tua vida, quando é que deixaste de ouvir rap, ou quando é que percebeste que isto te interessava também? Quando é que foi tipo “ah ok, interessante”?
P: Uma coisa que me marcou muito foi ir ao Museu do Fado e perceber que o Fado é quase certamente de origens africanas, tal como os géneros musicais americanos e brasileiros que eu ouvia e que a minha mãe ouvia em casa. Ou seja, isso fez-me perceber “ah ok”. Virou esse género musical totalmente ao contrário para mim e deu-lhe muito mais sentido, porque justifica muita coisa. Deixa de ser só uma saudade dos barcos, que é uma história completamente romanceada, uma história de marinheiros e com coisas com as quais eu não me conseguia conectar, e passou a ser um choro de opção, da falta de liberdade, um lamento que imediatamente relacionou o Fado com os outros géneros musicais globais, ou seja o Samba, os Blues, e tudo aquilo que esses géneros musicais deram origem. Conectou logo o Fado com os outros géneros, reposicionou para mim o Fado dentro de outros géneros musicais. Depois estive em Bruxelas e conectei-me mais com a cultura magrebina, que também me deu outro olhar sobre a cultura portuguesa. E comecei a ver a cultura portuguesa através, se calhar especialmente, destes dois eixos, do árabe e do mundo africano – e dos legados destes dois mundos na música portuguesa – e fez-me olhar com um novo olhar para a nossa cultura. Ou seja, são duas culturas que marcaram muito, muito, aliás basta olhar para o mapa e percebemos porque é que isto aconteceu – e, se calhar, foi assim esse o ponto de viragem. E depois fui por aí fora.
Mas sentes que esse novo olhar continua a manter-se refrescado, atualizado, e que neste álbum é mais uma vez, ou seja, teve essa origem e foi evoluindo até aqui?
P: Sim, eu acho que se não fosse isso, se eu não relacionasse os teclados de baile com os teclados de Marrocos e da Síria com os elementos musicais da música urbana brasileira... Ou seja, se eu não conectasse estes elementos todos musicais que eu uso com o mundo, não sei se a minha música seria igual. É um bocadinho difícil explicar, mas perceber a influencia que as marchinhas brasileiras têm na música popular brasileira, perceber que muita da música do Caetano Veloso e do Chico Buarque eram marchinhas que vieram das marchas portuguesas e que eu consigo, com esse olhar, ver relações entre as marchinhas brasileiras e as marchinhas portuguesas, e ver o que é que o Caetano Veloso e o Chico Buarque fizeram com as marchinhas brasileiras; até onde é que eles as levaram, qual é o potencial deste género musical... Vê-los a levarem as marchinhas ao sítio onde eles as levaram faz-me ter um olhar novo sobre as marchas e sobre o potencial que têm como género musical. Eu acho que eu não iria ouvir o teclado de música de baile da mesma forma que oiço se não tivesse o conhecimento que tenho sobre a música árabe, e se não tivesse ido a Marrocos e se não tivesse ouvido música magrebina que é tocada com teclados. Eu acho que a minha cabeça funciona sempre a ver relações entre coisas.
É um bocado aquela coisa de termos que sair para...
P: Sim. A minha música não é folclore porque não é perpetuar uma tradição. É trazê-la para os dias de hoje, mas também aproximando-a de outros lugares, de outras coisas que estão a acontecer.
Eu estava a ver os sítios onde vais passar o teu Verão. Por exemplo Loulé, Serpa, Madeira, Almada. Parece-me um caminho verdadeiramente inclusivo e fora das rotas habituais, porque Portugal não são só as cidades grandes. Esta escolha, estes lugares, faz parte de tudo isto que estamos a falar. É algo pensado, alinhado?
P: Acho que é fruto de uma postura e de um trabalho de me conectar com o país inteiro e não só com a minha cidade. Este disco nasce também ele de encontros que tive de Norte a Sul de Portugal com a tour do Por Este Rio Abaixo, de estar em Ponte de Lima com jovens de Ponte Lima a ouvir desgarradas na Ponte a noite inteira, de estar em Lagoa a conhecer uma família algarvia que estava louca pela minha música e perceber naquele momento que eu lhes ia dar um concerto triste, quando na verdade eu queria celebrar com eles. Ou seja, de todos os sítios por onde eu passei no Estrada, influenciaram muito este disco e eu acho muito importante e sinto-me conectado com o país inteiro e não só com as cidades grandes.
E é essa troca que vai fazendo com que consigas retirar um pedacinho de cada parte da cultura, não é?
P: Sim, sem dúvida. Foi isso que fiz no vídeo do Estrada. Aquilo não tinha um moodboard estético, o conceito era ir pela estrada como se estivesse em tournée à procura das influências presentes na música do Estrada, e a estar presencialmente com as pessoas que tocaram a música de alguma forma.
Como é que depois esse processo de pegar em algo mais local e dar-lhe um embrulho global ou mundial?
P: É lindo para mim, porque eu sinto que as coisas quando são trocadas de lugar, ou seja, de contexto, ganham outros significados. Ou seja, estou sempre a tentar perceber até que ponte é que uma música popular se pode tornar pop. E a tentar perceber, até questionar, qual é o limite entre popular e pop, o que é que isso quer dizer, por que é que usamos uma palavra para uma coisa e a outra para outra. E perceber que os significados destas palavras às vezes dependem só do embrulho que as músicas têm, porque na verdade isto é tudo música popular, a não ser que estejamos a falar de música erudita. Toda a música de 3 minutos e meio que nós ouvimos é música popular. E por isso interessa-me explorar isso.
Li uma enttrevista tua em que dizias que a tua intenção era sempre subverter os géneros, mudar a paleta de cores, mudar o rumo do comboio. Em que direção em que agora este comboio com este novo disco está a andar?
P: Este comboio está a ir em direção à alegria e em direção ao sol. Acho que se calhar, de alguma forma, é preciso dizer a frase que o João Gilberto disse há quase 60 anos, ou mais, que é chega de saudade. É muito preciso neste momento dizer esta frase. É para aí que quero levar o comboio neste momento.
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Há quem diga que o ‘simples’ é mais dificil de criar, imprimindo-lhe identidade e diferença. Não parece, quando há uma década Luís Carvalho prova que a alfaitaria é um universo criativo inesgotável.
Já lá vão 10 anos (parabéns!) desde que nasceu a Luís Carvalho. O que imaginaste para a marca em 2013? O que se mantém e o que foi mudando com o tempo e com a maturidade?
De repente passaram 10 anos desde que a marca existe e o que imaginei para ela foi o que ela representa ou onde ela chegou hoje em dia, mas com a plena consciência que a tinha que trabalhar neste sentido. Embora na altura sentisse que já tinha “know how” suficiente, só com o tempo e o envolvimento diário na marca é que consegui crescer em alguns aspetos, tanto em termos criativos como de negocio. É preciso viver a marca e ir adaptando às constantes mudanças, maneiras de pensar e de estar da sociedade. No fundo penso que vamos crescendo juntos, a marca e eu enquanto pessoa. No geral acho que ela está como eu imaginei ou ainda melhor, mas com possibilidade de ser ainda muito melhor e maior.
Alfaiataria mas com um twist. Silhuetas que se decompõem em formas fluidas ou estruturadas. Clássico e contemporâneo num só. Ao olhar para o teu trabalho, vemos um jogo de contrastes. Qual o exercício que mais gostas de aplicar à tua prática? Como treinas essa olhar inusitado – e pormenorizado – sobre o possível ‘óbvio’?
Como disseste eu gosto de reconstruir alfaiataria ou o clássico, gosto do “twist” entre o clássico e casual, mas a minha maneira de trabalhar as peças é realmente descobrires as peças quando as vês, peças aparentemente simples que depois vivem de pequenos detalhes, de acabamentos, de construção ou até a maneira inusitada como utilizo determinados materiais em certas peças, que é das coisas que mais gosto de fazer.
SS23 inspira-se na arquitetura das grandes cidades e o laranja (que vemos vestido no Pedro Mafama) surge quase como um barómetro de temperatura a escaldar. O que quiseste transmitir com esta coleção? Este tom mais vibrante tem alguma conotação especial?
A arquitetura é muitas vezes uma fonte de inspiração nas minhas coleções e nesta foi sem dúvida a maior referência estética para silhuetas, matérias-primas e construção de peças. Silhuetas muito retas e oversized mas ao mesmo tempo fluidas, a construção de várias camadas, a maneira como as peças foram construídas, os seus recortes a mistura de linhas retas e orgânicas e até mesmo o cruzamento dessas linhas retas.
Como esta coleção era quase uma extensão da coleção anterior, decidi manter a cor de destaque mas torna-la mais vibrante, visto ser uma coleção de verão.
Vestes algumas figuras públicas portuguesas e internacionais. O que sentes ao ver as tuas roupas circularem em personalidades que são elas mesmas portadoras de mensagens? Que características em comum consegues identificar nas personalidades que te vestem (entre elas e com a marca)?
Vestir estas figuras públicas é sem dúvida muito importante para dar continuidade ao trabalho que faço quando apresento uma coleção, no fundo é como se estivesse a “espalhar a palavra”, as histórias que conto em cada coleção. Não esquecendo que é o meio mais rápido de comunicar uma marca. Estas “personagens” têm que fazer sentido para a marca, cada uma com o seu público, porque cada vez mais trabalhamos para um público mais vasto e de diferentes faixas etárias, portanto gosto sempre de aliar o ADN da marca à identidade própria de cada pessoa que veste a minha marca. Porque acima de tudo o que eu gosto é de vestir pessoas com personalidade.
O Pedro Mafama é um artista bem vinculado à cultura portuguesa. Sentes algum tipo de responsabilidade em manter características únicas nacionais ‘vivas’ através do teu trabalho? O que já usaste ou gostavas de usar como inspiração, dentro do panorama cultural português?
Eu já tive oportunidade de trabalhar algumas características tipicamente tradicionais em pequenos projetos, como o bordado do lenço dos namorados, o croché manual em vestidos noiva ou outro que estou atualmente a desenvolver, um projeto com as bordadeiras de Castelo Branco. Isto tudo são projetos especiais e esporádicos, mas não coloco de parte a possibilidade de um dia poder usar algumas destas tradições como base de inspiração numa coleção.
Places
Por detrás da paleta de tons pastéis que encontramos nas Olaias, está um clube desportivo multifuncional, que, segundo Pedro Pereira, Diretor de Expansão, abre portas a todos com uma resposta única.
Fale-nos um pouco sobre o conceito Lemonfit. De onde surge e quais as motivações para implementar um projeto deste género em Portugal?
O Lemonfit apresenta um conceito único no mercado de nutrição, fitness e bem-estar. Está no nosso ADN oferecer aos nossos clientes o melhor serviço ao melhor preço de mercado. É por isso que todos os dias trabalhamos com paixão, profissionalismo, rigor, transparência e compromisso. Quando em Portugal se dá o boom dos ginásios “low-cost”, o mercado começa a mudar. E com a mudança surgem novas necessidades e oportunidades. E foram essas novas necessidades e oportunidades que levam ao aparecimento do Lemonfit. Com o Lemonfit, os nossos clientes podem contar com:
. Instalações modernas e funcionais, com uma área nunca inferior a 2.000m2
. Equipamentos modernos e funcionais em quantidade e diversidade inigualáveis (existência de um mínimo de duas máquinas iguais)
. Foco na higiene e limpeza das instalações, assim como nas rotinas de manutenção do Clube (política 24horas)
. Presença constante das nossas equipas no Clube
. Política de preços simples e transparente (one price fit’s all)
. Muita e variada oferta de aulas de grupo
. Serviço focado no cliente
É por todos os motivos anteriormente expostos que o Lemonfit é a marca que apresenta o melhor serviço ao melhor preço, onde a relação entre as instalações amplas e modernas, bem equipadas em número e qualidade de equipamentos, zonas de treino diferenciadas e disponíveis para todos e a presença de equipas apaixonadas, motivadas e altamente profissionais, dispostas a assumir o compromisso com o cliente para atingir os objetivos propostos.
Vi que se dividem em fitness, bem-estar e padel. Porquê da criação destes três pólos de atuação e a que se dirige cada um?
A diferenciação da marca Lemonfit surge principalmente das alterações que detetámos no mercado do fitness. Ao longo dos anos tivemos a consciência que para melhor comunicar com os nossos clientes, é necessária uma segmentação eficaz dos nossos serviços. É por este motivo que surge a marca lemonfit changing lives, marca dedicada exclusivamente ao segmento fitness, a lemonfit wellness clinic com foco na área da saúde, bem-estar e estúdios Pilates, e a lemonfit padel que se dedica a um desporto com forte procura e em forte expansão nacional.
Com esta diferenciação podemos proporcionar aos nossos clientes informação precisa e segmentada para as suas necessidades, o que no nosso entender é um fator positivo na nossa abordagem ao mercado.
Qual a diferenciação dos vossos clubes no mercado? O que os distingue?
O Lemonfit assenta o seu conceito em dois modelos: os clubes smart-cost (Estefânia e Póvoa de Santa Iria) e os clubes premium (Parque das Nações e Olaias). O que distingue estes dois conceitos são os serviços diferenciados que cada um apresenta aos clientes. A base do nosso serviço é igual em todos os Clubes: o atendimento presencial por parte das equipas de receção e consultores, a presença de instrutores para ajudar em tudo que for preciso durante a realização do treino, a forte oferta em aulas de grupo, as nossas equipas de nutricionistas sempre disponíveis, variedade e quantidade de equipamentos à disposição do cliente e umas instalações modernas, funcionais e com altos níveis de higiene e limpeza. É na oferta de serviços como a sauna, o banho turco, o jacuzzi, a piscina interior e a piscina exterior, o cabeleireiro, o Spa e o restaurante que os nossos Clubes Premium apresentam a sua maior diferenciação.
Num mundo cada vez mais consciente sobre a importância de manter uma vida ativa, de que forma o Lemon Fit se adequa às necessidades e limitações de cada um? Tem serviços personalizados?
Todos os nossos clientes têm um tratamento diferenciado. Apesar de existir uma certa uniformização nos objetivos que levam as pessoas a inscrever-se no ginásio, conseguimos sempre apresentar uma solução individualizada e personalizada a todos os nossos clientes. Após a adesão ao Lemonfit, os nossos clientes realizam uma avaliação física individual onde é feita a recolha de diversos elementos chave como hábitos alimentares, situações clínicas especificas, hábitos de sono, peso, altura, pressão arterial, % de massa magra e de massa gorda entre outros. Após essa avaliação física, e de acordo com os objetivos de cada, é elaborado um plano de treino individualizado que terá sempre em atenção os dados da avaliação, e agendada um momento com os nossos profissionais para explicar de forma clara os exercícios a executar (duração, descanso, carga, repetições). Este processo ainda inclui a realização de uma consulta de nutrição, onde de acordo com dados da avaliação, treino a realizar e objetivos de cliente, é definido um plano alimentar personalizado. Este processo repete-se de uma forma mensal, bimensal ou trimestral, de acordo a especificidade de cada um dos nossos sócios.
Dispomos igualmente de serviço de treino personalizado, que é utilizado em situações especificas (pré ou pós-operatório, reforço muscular, mobilidade, pré e pós-parto, aprender a nadar..), ou nas situações que os nossos clientes querem potenciar ao máximo os resultados do seu treino, na presença de um profissional altamente qualificado e que naquele momento apenas se encontra dedicado a ele.
Sobre o clube de Olaias, onde aconteceu este shooting, porquê esta localização e quais os pontos-fortes?
A abertura do Clube Olaias surge do plano de expansão previsto para marca. A pandemia do COVID-19 teve efeitos no nosso plano de expansão da marca, mas acreditamos que estamos a recuperar o mesmo de uma forma sustentável e equilibrada. O Clube Olaias vem permitir a presença da marca Lemonfit em uma zona central da cidade, com a oferta de todos os segmentos de marca. No Lemonfit Olaias temos os serviços lemonfit changing lives, com a oferta de um ginásio moderno e funcional, com 5 estúdios para aulas de grupo, sala de exercício com mais de 700m2, balneários amplos e climatizados com sauna e banho turco, uma fantástica piscina exterior e equipamentos de topo em quantidade e variedade. O lemonfit wellness clinic também está presente com a nossa equipa de nutricionistas, com o cabeleireiro e o com o Spa, e temos o nosso lemonfit padel, disponibilizando aos clientes 4 campos cobertos e 3 campos descobertos, balneários novos e um Sport’s Bar fantástico onde todos podem conviver depois da sua prática desportiva.
O Clube Olaias também nos permite oferecer atividades como o Squash (com quatro campos novos), o Ténis (com dois campos de piso rápido e dois campos de terra batida), as atividades de Arco & Besta (em parceria com a Federação de Tiro com Arco) e um espaço dedicado aos mais novos, onde encontram uma série de atividades divertidas e onde podem realizar as suas festas de aniversário).
O Clube Olaias é mais que um ginásio, é um complexo desportivo multifuncional, no centro de Lisboa, onde podemos proporcionar aos nossos clientes as mais diversas atividades desportivas.
Team
Extras Bernardo Campos, Fábio André, Miguel Campos, Miguel Ferreira e Laurinda Fernandes
Cabelos Edgar Venâncio
Maquilhagem Alex Origuella
Assistentes de fotografia Pedro Sá e Vicente Sottomayor
Assistente de styling Margarida Martins e Anna Beatriz Miranda
Vídeo Raul Sousa
Location Lemon Fit Olaias
A SOLO agradece à Nadia Lima Pereira, Arruada, Sony Music e ao Ginásio do Alto do Pina todo o apoio.
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