Filomena Cautela

Filomena Cautela

Entrevista por Paulo Gonçalves

Fotografia Frederico Martins

Styling Nelly Gonçalves

Hoje é um dos rostos mais consagrados da televisão portuguesa. Mas quem é Filomena Cautela?
Apresentadora, atriz, humorista, que paixões a movem e que causas defende?

PG – Filomena, mais de um milhão de portugueses assistiram em direto à entrevista de emprego feita pela SIC, nos Globos de Ouro. Já antes tinhas “recebido” um beijo na boca da patroa da TVI.  Queres-nos explicar essa paixão com a RTP para resistires a tanto assédio (quer por parte da SIC e da TVI)?


FC –
Tudo é uma loucura. Nem consigo dormir (risos). Estão-me sempre a ligar. Acordo de manhã, lá estão o Daniel e a Cristina. “Párem, for favor parem com isto”…


PG – Mas sentes-te uma mulher desejada?


FC –
Mas na vida?


PG – Profissionalmente falando…


FC –
Não, não. Acho que estamos a falar de duas coisas muito particulares. Acho que os Globos foram uma coisa bonita, mas igualmente um momento particularmente constrangedor, porque desconhecia o que ia acontecer. Acresce que estava bastante doente nesse dia.

Já a Cristina, já vivemos várias situações muito particulares. Não me sinto desejada. Neste momento sinto frio (risos). Isto responde à tua pergunta?

               
PG – Sim, responderá, responderá. Podemos dizer que na tua carreira, se é a que a podemos chamar assim, há um antes e um depois da Eurovisão?


FC –
Tenho muitos pruridos em usar a palavra carreira, mas sim, acho que existe um antes e depois da Eurovisão na forma como algumas pessoas começaram a olhar para mim. Não necessariamente a forma como eu trabalho ou como me comporto. Profissionalmente, também não acho que haja um antes e um depois. Acho que há um conjunto de pessoas que começaram a olhar para mim de outra maneira depois da Eurovisão.


PG – Mas o que é que achas que mudou nesse momento?


FC –
Não sei. Eu acho que as pessoas achavam que eu era atrasada mental e de repente perceberam "ah, ela fala inglês, não é estúpida de todo". Acho que foi isso que aconteceu (risos). Foi tipo, "olha, ela fala inglês, que curioso, não tinha ideia". Não, acho que pode ter sido um bocadinho isso. Toda a gente parece relativamente eloquente quando fala inglês e, de repente, isso aconteceu.
Na Eurovisão, que ocorreu em Portugal, a EBU, que é a produtora que faz a Eurovisão e outros programas, teve a gentileza de permitir que fizesse as coisas à minha maneira.  Ainda que não pareça, trata-se de um evento relativamente convencional, com alguns rasgos de criatividade. Quando me deram essa abertura, senti-me mais confortável e isso foi visível aos olhos do publico.


PG – Sentes-te sempre mais confortável quando te dão margem para criar?


FC –
Eu só me sinto confortável assim, só me sinto confortável assim. Por isso, é que me sinto tão pouco confortável a fazer sessões fotográficas (risos). Mas só me sinto confortável assim e acho que se há alguma coisa que eu alcancei no meu caminho profissional é isso. É ter o privilégio de as pessoas confiarem em mim para eu criar.


PG – E o que manténs da menina dos Morangos com Açúcar?


FC –
Sabes, não saem por mais que se esfreguem, é horrível. Nem com bicarbonato lá vai. Sim, o que é que mantenho? Acho que mantenho um bocadinho a responsabilidade do que é esta profissão. Eu acho que tinha muita noção quando comecei a trabalhar do que é este ofício, seja a trabalhar como a atriz, seja a trabalhar…Trabalhar com uma câmara à frente quer dizer que muita gente vai ter acesso àquilo que aquela lente está a captar. E isso, eu sempre tive essa noção de responsabilidade em relação a isso. E tinha muito mais, aliás, antes. Agora sei que consigo esticar o perímetro da coisa e esticar a corda aqui e ali, mas eu tenho muitos limites àquilo que faço, e sei muito bem a responsabilidade que é estar aqui.


PG – A televisão é muitas vezes, ou quase sempre, muito cruel, e em particular com as mulheres e com a idade. Essa é uma questão que te preocupa?


FC –
Se olhares para as minhas rugas perceberás que não (risos), porque senão não as vias. Eu acho que a televisão é cruel, o público é cruel com as mulheres, o público é muito cruel com as mulheres e com o seu envelhecimento, muito mais do que com os homens. Não há sequer comparação.


PG – Porquê que achas que isso acontece?


FC – É uma questão cultural. É uma questão absolutamente cultural. Um homem grisalho e com rugas é o Richard Gere, é um garanhão, é charmosão, não é? Uma mulher com rugas e grisalha é uma velha. E há uma espécie… quando de repente, mesmo como atriz, se tu começas a ter algumas rugas, já não fazes nem de tia. Já só fazes o papel de não sei o quê. E então, é muito fechado. É muito cruel. Eu, particularmente, acho que eu quero manter a minha expressão até poder, não tenho qualquer prurido. Tenho medo de agulhas, é uma pena, senão já tinha posto botox até nas pestanas se pudesse, mas tenho realmente muito medo de agulhas e, portanto, nunca fiz nenhuma intervenção desse género. Mas respeito perfeitamente quem faz e acho que têm razão por que é muito, mas muito cruel fazer televisão e ter o julgamento constante das pessoas a verem isso. Muito mais então a fazer sessões fotográficas, por isso é que isto me assusta tanto.


PG – Atriz, apresentadora, humorista, em que papel é que te sentes mais confortável?


FC – Olha, eu sinto-me confortável como intérprete, isto é, eu sempre trabalhei como atriz, continuo a trabalhar como atriz, só que se calhar em formas menos mainstream, portanto, se calhar as pessoas não têm essa noção, e como apresentadora eu sinto-me muito confortável. Eu quando comecei a trabalhar tinha muito medo da precariedade do setor - eu não vivia nada bem com não saber se tinha um cheque no final do mês, e se não sabia se tinha dinheiro para comer, não vivia nada bem com isso. E, portanto, a ideia de que eu posso apresentar televisão, usar a minha formação de atriz para apresentar televisão e, ao mesmo tempo, ter o privilégio de poder escolher os trabalhos que posso fazer como atriz para mim é o sítio mais fixe. 


PG – Tu tens sido fiel, ou és fiel ao serviço público. Podemos dizer que a Filomena Cautela é uma mulher de causas?


FC –
Eu não sei se sou uma pessoa de causas, eu sei que já fui uma mulher de causas com uma metralhadora na mão, e que eu metralhava para todo o lado, e agora eu sei escolher os meus focos. E eu sei que nós trabalhamos no serviço público, nós temos o direito e o dever de perceber que as pessoas que nos estão a ver, o conteúdo que nós estamos a dar não pode ser oco, não pode ser vazio. O meu charme não é suficiente.


PG – Temos o direito e o dever…


FC –
Não sei se sou de causas, mas eu sei que hoje em dia se nós temos acesso a uma quantidade brutal de informação no nosso telemóvel, muitas vezes com fontes que não valem um chavelho, e que são mentirosas, e que são manipuladoras, então, nós no serviço público temos o dever de nos rodearmos de fontes fidedignas, de pessoas que trabalham para dizer a verdade, verdades que mudem a vida das pessoas. Nós não estamos num momento muito fixe no mundo, não estamos mesmo, não estamos. E estamos a caminhar para um sítio catastrófico e, portanto, se toda a gente está a ver este caminho, se estamos todos… Nós todos sabemos o que está a acontecer nas alterações climáticas, nós todos sabemos o que está a acontecer na desigualdade económica, nós todos sabemos isto, temos é que viver, senão acordamos de manhã e começamos a chorar e deitamo-nos pela janela. Ora, se nós temos privilégio de conseguir pensar sobre o assunto e não temos dez filhos para alimentar e um ordenado mínimo ao final do mês, se temos o privilégio de poder pensar sobre aquilo que está a acontecer, também temos o dever de tentar ajudar a que coisa ande para um caminho um bocadinho melhor.           

Filomena Cautela

Casaco                                  Balmain at Fashion Clinic
Camisa, calças e cinto     A Line
Sapatos                                 Esc

Filomena Cautela

Camisa, calças e cinto    A Line

PG – Tinha pensado, perguntar-te se há limites para o humor. Mas vou refazer a pergunta: é possível através do humor defender algumas causas?


FC –
Eu não sou nada a favor daqueles que defendem que no humor só se devem falar de temas importantes. Há uma fatia de humor que serve, e bem, apenas para rir. Rir é ótimo, é terapêutico, faz bem, é importante e, portanto, é muito bom. Eu acho que na minha posição há muita gente que faz muito bem, muito bem, isso. Temos em Portugal a sorte de ter humoristas que fazem rir muito bem. Eu consegui encontrar um espaço em que, os programas a que me dedico agora, possam fazer rir.


PG – Num dos teus programas mais recentes, o Programa Cautelar, tu recebeste muitos elogios, mas também algumas críticas. São duas faces da mesma moeda?


FC –
É curioso porque foi dos poucos programas da minha vida em que a proporção entre as críticas e os elogios era tão, mas tão, tão, divergente, que eu não posso responder à tua perguntar a dizer sim. Por uma razão simples, porque era mesmo divergente, porque acho que o feedback foi absurdamente positivo. Eu seria cínica a dizer o contrário. Mas há outros projetos que eu fiz, em que fui muito criticada. São duas faces da mesma moeda, são, quando nós estamos em frente a uma câmara ou temos exposição publica é evidente que estamos a dar a boca do lobo. Infelizmente, hoje em dia qualquer pessoa tem ligação à internet pode dizer tudo o que quiser a teu respeito. E a lei permite que as pessoas sejam cruéis, más e às vezes até criminosas na forma como se expressam.


PG – Há uma nova geração de atores portugueses que iniciariam já uma carreira internacional. Tens essa ambição?


FC –
Não tenho. Tinha quando tinha 17 anos, tinha muita ambição de ir lá pra fora trabalhar, agora não tenho. Não tenho porque acho que o campo onde me ando a mexer, ando a jogar, é fixe, é amplo, dá-me liberdade, dá-me liberdade para eu poder criar e dá-me liberdade para eu mexer na vida das pessoas e tentar ter uma influência positiva na vida das pessoas. Mais do que isso não posso pedir. Não tenho nenhuma ambição para ir lá pra fora.


PG – Última pergunta. Estamos no Porto. Esta revista tem como plano central a cidade do Porto. Que memórias te traz esta cidade?


FC –
Tantas, tantas… Eu já vivi aqui várias partes da minha vida. Já estive aqui muitas temporadas grandes. Já vivi em Gaia, já vivi no Porto, já vivi no centro do Porto, já vivi na Foz, já vivi na Praia do Canidelo. Tenho uma relação muito próxima com o Porto, com as pessoas daqui, não é só Porto, mas de Braga, de Guimarães, …           
Nos muitos últimos três meses da minha vida vim ao Porto todas as semanas. Tenho muitos amigos aqui. Não há nada como o carisma, a personalidade, a coragem das pessoas do Porto. Não há mesmo. E depois isto tudo é embrulhado com uma classe…               
Tenho sido muito feliz aqui.

Filomena Cautela 10

Camisa    Boss

Filomena Cautela 2

Casaco    Balmain at Fashion Clinic
Camisa    A LINE

Filomena Cautela 3

Vestido     Diogo Miranda
Sapatos   Luís Onofre

Filomena Cautela 4

Camisa     A LINE
Meias        Falke
Sapatos   Augustha

Filomena Cautela 7

Fato             Inês Torcato
Sapatos     Felmini

Filomena Cautela 8

Camisa e calças         Diogo Miranda
Sapatos                         Luís Onofre

Filomena Cautela 9

Gabardina            Burberry
Fato                        Majatu
Sapatos                JJ Heitor

Video

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Moda

Filomena Cautela
Entrevista A LINE

A camisa é a tela em branco perfeita para expressarmos a nossa individualidade?

Poderá fazer parte do caminho para a moda sem género?

Há 5 anos, a A Line nasceu como uma marca de camiseiros, focada na qualidade do material, no fit perfeito e em como dar às mulheres uma ferramenta de estilo que fosse simultaneamente confortável, profissional e sustentável. Hoje a marca evoluiu para um guarda-roupa completo, mas a camisa continua a ser o pilar – e a paixão eterna – de uma espécie de slogan tão intemporal quanto esta peça: para fazer, faz bem feito.

O que há na camisa branca que vos fascina tanto?
O facto de ser a base de tudo num guarda-roupa, a sua versatilidade, a forma como consegue abranger tantos estilos e personalidades de uma forma tão eficaz e sem margem para erro. E é fascinante poder trabalhá-la na sua forma mais clássica mas também desconstruir e explorar tantos elementos que existem no universo da camisaria e dar-lhe várias leituras, adaptando-a à contemporaneidade mas sempre com um cunho muito próprio.

Qual o poder que vocês veem por trás de uma camisa branca?
Sentimos que a camisa significa a ideia de poder, sensualidade e romance dentro dos limites de uma peça que é sinonimo de versatilidade e liberdade total. É sem dúvida a peça que melhor representa o empoderamento feminino, a confiança e a igualdade, não só pelo que representou ao longo da história mas pela forma como permite, a qualquer mulher que a vista, se expressar e se posicionar nos inúmeros papeis que assume.

De que forma ainda conseguem reinventar a forma como criam camisas? O que sentem que o consumidor de hoje em dia procura nesta peça?
Desenhamos e criamos sempre com a referência original de uma camisa. Não queremos perder esse ponto mas agrada-nos muito explorar cada elemento, brincar com escalas, posicionamentos... procuramos acrescentar sempre algo novo, detalhes inesperados que acrescentem à simplicidade das nossas peças valor e que, independentemente da de quem as usa, far-se-á notar. Para além de tudo isso, a nossa seleção de matérias primas é extremamente rigorosa, optamos sempre por materiais de grande qualidade, mas acima de tudo duráveis, que juntamente com os acabamento de luxo, fitting e design intemporal, vão assegurar que todas as nossas camisas sejam peças para a uma vida... e quem procura a A  LINE, já não prescinde mais disso.

Filomena Cautela

Lugar

Filomena Cautela
LALALAND STUDIOS

As suas paredes brancas já se vestiram de todas as cores, já acolheram alguns dos maiores nomes da indústria da moda, já serviram de palco a muitos talentos. Tela em branco transformada em estúdio de fotografia e terra dos sonhos, Vila Nova de Gaia acolhe este lugar que desde o início foi magia: a transformação que lhe deu as formas que vemos hoje ocorreu em apenas dois meses, um feito único de Tânia Castro, arquiteta por conta própria que entre a sua lista de colaborações conta com Eduardo Souto de Moura.

Pensando nas necessidades que precisam ser tidas em conta para um estúdio de fotografia, por onde se começa a delinear um projeto deste género?

Como em todos, a luz. Num estúdio de fotografia nem se pensa duas vezes. Luz, luz, luz. Sabíamos que precisávamos de espaço amplo para fotografar e para a cena acontecer, mas havia outros espaços que precisavam de ser fechados, para haver conforto térmico, como é o caso do escritório e maior privacidade como é o caso do camarim e wcs. A estética também é muito importante, pois o próprio estúdio iria servir de cenário, então cada canto teria que ser cenário. Mas a função vinha primeiro e a estética seria o resultado das necessidades que o mercado da produção procurava. 

Suponho que tentar conciliar um espaço para diversas finalidades - fotografia, video, eventos - seja um dos desafios. De que forma estas finalidades foram todas incluídas no projecto?

Houve uma aprendizagem ao longo de 10 anos, com o antigo espaço Lalaland Studios, na Cordoaria. Eram claras as necessidades e, assim, estava clara a organização do novo espaço. Havia duas naves e percebeu-se desde o início que a nave com mais luz natural iria ser o “palco” da fotografia. Essa nave, curiosamente, também tinha uma longa parede bem texturada, com uma planta a florescer do meio das pedras de granito que constituem as paredes que o proprietário queria muito manter livre para fotografar. Um espaço amplo, como um estúdio de fotografia, por si só já é um espaço que funciona bem para eventos, mas sim, tivemos que pensar o percurso desde a entrada, os espaços de estar, as instalações sanitárias, etc., conciliando isto com a estética apelativa que teria que ter e valorizando as vistas para o Douro e para a cidade do Porto. 

Como era o espaço inicial e de que forma o adaptaram para o estúdio? Que partes mantiveram e quais foram alteradas ou mesmo destruídas?

Nada foi destruído. A nossa preocupação foi desde sempre essa. Quando temos que “mexer” na história temos que saber muito bem o que estamos a fazer e eu não queria assumir essa responsabilidade. Primeiro porque não tinha tempo e depois porque o que lá existia era muito bonito. O espaço era apenas: piso em betonilha, paredes de granito pintadas de branco com lindíssimas arcadas de 5 m e cobertura com forro de madeira pintada de preto com telhas de vidro pontualmente. O que se criou foram volumes apenas pousados no piso, sem nunca tocarem nas paredes existentes. Apenas o volume onde iria ser o escritório, com a cozinha em cima, por uma questão de aproveitamento de área, foi encostado a 3 paredes. Tentámos criar o mais variado número de ambientes e assim temos um pátio de inspiração mediterrânica, um volume todo forrado a madeira, painéis pretos que podem ser forrados com outros materiais, um wc em tons de rosa, uma cozinha às cores, etc. 

Filomena Cautela

Que cuidados tiveram de forma a manter a luz natural?

Preservámos as entradas de luz existentes, assim como a cor branca das paredes existentes e o que se construiu deu-se preferência a tons que rebatessem essa luz para o interior do espaço. 

A nível estético, quais foram as principais inspirações?

A nível cénico foram o Luis Barragán, pela sobreposição dos planos e dos volumes. Embora Álvaro Siza Vieira e Eduardo Souto de Moura não tenham ficado de fora como influências para solucionar alguns detalhes e na simplicidade da organização dos espaços. Vincent van Duysen foi também uma influência na atmosfera de alguns dos espaços.  

Há alguns recantos que destaques? Ou algo que tenha acontecido no processo de construção e que seja curioso?

Para mim tudo precisava de ser melhorado, pois tivemos apenas 2 meses entre realizar o projeto e a construção. Mas o pátio resultante dos dois volumes e a cozinha são espaços muito diferentes um do outro e que resultaram bem. Temos um pátio com uma atmosfera mediterrânica, completamente branco e a cozinha com mobiliário e apontamentos com cores fortes, onde podemos encontrar uma mesa com 3,50 m e uma chaminé bem torneada, todas vermelhas. Há sempre peripécias e aqui não foi exceção. Tivemos que demolir a escada que complementa o pátio, pois iria comprometer o dimensionamento do escritório. Mas o mais curioso foi termos conseguido fazer tudo em dois meses. 

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Equipa

Filomena Cautela Cabelos Rui Rocha

Maquilhagem Patrícia Lima

Assistentes de fotografia Pedro Sá, Márcio Duarte @ Lalaland Studios

Texto Patrícia Domingues

SOLO © 2024

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